terça-feira, 24 de novembro de 2009

Educação: bem durável ou descartável?

Não vou aqui, hoje, questionar o sistema de ensino, os milhões gastos, os desviados, e nem falar mal dos nossos hábeis governantes – embora tenha dúvidas sobre tais habilidades.
Mas, vou falar de educação. Sim, daqueles bons modos que nos foram ensinados em casa. Dos limites, direitos, deveres, das conseqüências de nossos atos, perante outro cidadão, igual a nós. É claro que as gêmeas, boa e má educação, andam de mãos dadas desde os primórdios da sociedade. O que tem me chamado a atenção é a falta de civilidade, é a vitória arrasadora da gêmea má.

Quero dividir uma reflexão.
No início dos anos 1960, mais precisamente em dezembro de 1961, em Niterói, RJ, houve uma grande tragédia. Um incêndio matou mais de 500 pessoas no circo “Gran Circus Norte-Americano”. Um homem, José Datrino, homenageou as vítimas plantando ali um jardim, onde morou por um tempo e se dedicou a confortar as famílias. Depois resolveu espalhar pelo país sua bondade e o real sentido de ser gentil. Surgia o Profeta Gentileza. Sua obra é, até hoje, muito importante para a cultura popular brasileira, sendo lembrada em canções como “Gentileza”, de Marisa Monte, e em ações sociais como “Gentileza gera gentileza”.
Não sei, na verdade, o quanto seus ensinamentos fizeram diferença na vida das pessoas que, desde muito antes, se veem inundadas pela tsunami do capitalismo e pela falta de tempo para um ‘obrigado’ ou ‘por favor’. Hoje, as cifras são mais bem vistas pela maioria dos olhos.
Não proponho que nos tornemos profetas ou que tenhamos a mesma atitude de Gentileza, afinal, essa grandeza, esse dom, não é para qualquer ser humano. Porém, gentileza gera gentileza.
Damos passagem ao pedestre ou a outro automóvel? Cedemos nosso lugar no ônibus, no metrô, na fila do banco? Um bom dia, boa tarde ou boa noite? Pedimos por favor, ou licença? Agradecemos?
Como disse Lenine, cantor pernambucano: “Gentileza é fundamental. Todo mundo tem direito à vida / Todo mundo tem direito igual”.
Ainda espero o dia em que a boa educação será a última tendência da moda, um bem valioso e atemporal, o qual todas as gerações desejarão possuir e exibir em todas as rodas sociais. A gêmea má será aquele jeans desbotado e puído no fundo da última gaveta.
Se após a reflexão percebermos que a mudança é inevitável, o que já é um ótimo começo, proponho um exercício prático. Mas não se assustem, não são abdominais, corrida ou qualquer outro esforço físico. É um exercício civil que ajudará tanto ou mais, a melhorar nossa qualidade de vida. Na rua, na padaria, no mercado, no quintal.
Olá, tudo bem, por favor, obrigado, até mais, tchau. Afinal, “todo mundo tem direito igual”

Quem quiser saber mais sobre o Profeta Gentileza, acesse: www.gentileza.net. Difunda essa idéia!

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